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Vocabulary

Alphabetical list of terms commonly used in academia and healthcare, extracted from the “Lexicon of alcohol and drug terms”, published by the World Health Organization (WHO).

Abstinence:
Refraining from drug use or particularly from drinking alcoholic beverages, whether as a matter of principle or for other reasons. Those who practice abstinence from alcohol are termed “abstainers, “total abstainers”, or - in the more old-fashioned formulation – “tee-totallers”. One must differentiate an abstainer (who does not drink) from “current abstainer”, who is a person who is not currently drinking.
Abuse:
According to the DSM-IIIR, alcohol abuse is defined as a maladaptive pattern of this substance use, indicated by continued consumption despite the knowledge of having a persistent or recurrent social, occupational, psychological, or physical problem that is caused or exacerbated by the use. See alcohol use disorders.
Acetaldehyde:
The principal breakdown product of ethanol. Acetaldehyde is produced by the enzyme alcohol dehydrogenase, which occurs in the liver. Acetaldehyde is a toxic substance, implicated in the alcohol flush reaction and in the hungover feeling, which is also a result of complex physiological changes due to high levels of ethanol, to mild narcosis, to acid unbalance, and to dehydration.
Al-Anon:
See mutual-help group; twelve step group.
Alcohol:
In chemical terminology, alcohols are a large group of organic compounds derived from hydrocarbons and containing one or more hydroxyl (-OH) groups. Ethanol (C2H5OH, ethyl alcohol) is one of this class of compounds, and is the main psychoactive ingredient in alcoholic beverages.
Alcoholic Anonymous:
See Mutual-health group; 12-step group.
Alcoholism:
A term created by Magnus Huss in 1849, of variable meaning, generally taken to refer to chronic continual drinking or periodic consumption of alcohol which is characterized by impaired control over drinking, frequent episodes of intoxication, and preoccupation with alcohol and the use of alcohol despite adverse consequences.
Beber social:
Literalmente, beber acompanhado em detrimento do beber sozinho; geralmente descreve padrão de consumo de álcool que não acarreta problemas; o uso de bebidas alcoólicas seguindo padrões sociais previamente estabelecidos, estando acompanhado de outros indivíduos e apenas inserido em razões, modos e contextos sociais aceitos.
Cirrose Hepática Alcoólica:
Forma severa da doença alcoólica do fígado, pode ser definida anatomicamente como um processo difuso de fibrose e formação de nódulos, acompanhando-se frequentemente de necrose hepatocelular. Ela ocorre predominantemente entre os 40-60 anos de idade, após pelo menos 10 anos de uso prejudicial de álcool. Os sintomas de sua manifestação se caracterizam por ascite (acúmulo de líquido na cavidade abdominal), hipertensão porta acompanhada de esplenomegalia (aumento do baço), insuficiência renal devida à insuficiência hepática (síndrome hepatorrenal), confusão mental (um dos principais sintomas da encefalopatia hepática) ou hepatoma (câncer de fígado). Em alguns casos, para confirmar o diagnóstico de hepatopatia alcoólica, o médico realiza uma biópsia hepática, procedimento no qual uma agulha oca é inserida através da pele e é coletado uma pequena amostra de tecido para exame microscópico. Nos indivíduos com hepatopatia alcoólica, os resultados das provas de função hepática podem ser normais ou anormais. No entanto, o nível sanguíneo da gama-glutamil transpeptidase (uma enzima hepática), pode estar especialmente elevado nos indivíduos que consomem álcool de modo abusivo. Além disso, os eritrócitos (glóbulos vermelhos ou hemácias) do indivíduo tendem a ser maiores que o normal, um sinal revelador. A concentração de plaquetas no sangue pode estar baixa.
Co-dependente:
Parente, amigo ou colega de alcoolista cujas ações auxiliam na perpetuação e manutenção da dependência do indivíduo e, assim, retardam o processo de recuperação.
Comorbidade:
Coocorrência no mesmo indivíduo de transtorno relacionado ao uso de substâncias e de outro transtorno psiquiátrico. O termo também já foi usado para a coocorrência de dois diagnósticos de transtornos relacionados ao uso de substâncias e de dois diagnósticos de transtornos mentais não relacionados ao uso de substâncias.
Delirium tremens:
Síndrome de abstinência com delirium; estado psicótico que ocorre durante a fase de abstinência de álcool em indivíduos dependentes dessa substância caracterizado por confusão mental, desorientação, ideação paranoide, delírios, ilusões, alucinações (tipicamente visuais ou tácteis, menos frequentemente auditivas, olfatórias ou vestibulares), inquietude, tremores, sudorese, taquicardia e hipertensão. A instalação do delirium tremens ocorre 48 horas ou mais após a cessação ou redução do consumo de álcool e pode durar por mais de uma semana.
Demência Alcoólica (CID 10: F10.7):
Termo genérico, geralmente utilizado para descrever casos de transtorno crônico e progressivo decorrente do uso prejudicial de álcool, caracterizado pela perda de funções corticais múltiplas, incluindo memória, pensamento, orientação, compreensão, cálculo, capacidade de aprendizagem, linguagem e julgamento.
Dependência cruzada:
Termo farmacológico usado para denotar a capacidade de uma substância (ou classe de substâncias) de suprimir as manifestações da retirada de uma outra substância ou classe de substâncias e, assim, manter o estado físico de dependência. Uma consequência imediata do fenômeno de dependência cruzada é a facilitação no desenvolvimento da dependência de uma substância quando o indivíduo já é dependente de outra substância relacionada.
Dependência:
De um modo geral, trata-se do estado de necessitar ou depender de algo ou de alguém para apoiar ou funcionar ou sobreviver. Quando aplicado no uso de álcool e outras drogas, o termo implica na necessidade de doses repetidas da substância para a manutenção do bem estar ou para evitar o mal estar. No DSM-IIIR, dependência é definida como o conjunto de sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos que indicam que um indivíduo apresenta prejuízos no controle do uso de substâncias e continua fazendo seu uso apesar das consequências adversas.
Ver transtornos relacionados ao uso de álcool.
Depressor:
Qualquer agente que inibe ou diminui alguns aspectos da atividade do Sistema Nervoso Central (SNC). As principais classes de depressores do SNC são os sedativos/hipnóticos, opiáceos e neurolépticos. Álcool, barbitúricos, analgésicos, benzodiazepínicos, opiáceos e outros análogos sintéticos são exemplos de drogas depressoras.
Diazepam:
Benzodiazepínico comum.
Dissulfiram (antabuse):
Medicação prescrita no tratamento e na manutenção da abstinência de álcool. O Dissulfiram inibe a atividade da enzima aldeído desidrogenase e, na presença de álcool, causa acúmulo de acetaldeído (metabólito tóxico do álcool) e uma reação de rubor facial, acompanhada de náusea, tontura e palpitação.
Droga:
Em medicina, esse termo se refere a qualquer substância que apresenta o potencial de prevenir ou curar uma doença ou melhorar o bem estar físico e mental. Em farmacologia, esse termo é traduzido por qualquer agente químico que altera os processos fisiológicos bioquímicos dos tecidos ou organismos. No senso comum, o termo se refere apenas às drogas psicoativas, e, por vezes, apenas às drogas ilícitas.
Embriaguez:
Condição que se segue à administração de álcool e que resulta em rubor facial, fala pastosa, euforia, aumento de atividade, conduta desordenada, perda de reflexos, prejuízos no julgamento e perda de coordenação motora. As alterações são fruto da ação aguda do álcool e de comportamentos aprendidos em função dessa substância. O término dos efeitos e a melhora se dão com o tempo, salvo os casos em que haja dano ao tecido ou outras complicações decorrentes do uso. Coloquialmente utilizam-se os termos "bebedeira" ou "porre".
Encefalopatia de Wernicke (CID 10: E51.2):
Síndrome neurológica aguda que oferece riscos de morte ao indivíduo, caracterizada por confusão mental, apatia, delirium, ataxia e oftalmoplegia. Sua causa mais comum é a deficiência de tiamina associada com o alcoolismo.
Esteatose Alcoólica (fígado gorduroso) (CID 10: K70.0):
Acúmulo de gordura no fígado subsequente à ingestão prejudicial de álcool com consequente aumento das células hepáticas e por vezes hepatomegalia hipersensível, funcionamento hepático anormal, anorexia e, menos frequentemente, icterícia.
Etanol:
Ver álcool.
Fissura:
Desejo intenso de usar uma substância psicoativa ou de vivenciar os seus efeitos.
Gastrite Alcoólica:
Vem geralmente acompanhada de esofagite. Na maioria dos casos é autolimitada e desaparece com a abstinência.
Grupo de doze passos:
Grupo de ajuda mútua organizado em torno do programa de doze passos dos Alcoólicos Anônimos (AA) ou uma adaptação do programa. O programa do AA envolve a admissão da impotência do indivíduo perante o álcool, busca de ajuda perante “um poder superior”, elaboração de inventário pessoal e busca de reparo aos erros do passado e perpetuação da palavra do AA.
Grupos de ajuda mútua:
Grupo no qual os participantes apoiam uns aos outros na recuperação e manutenção da abstinência no tratamento da dependência de álcool e outras drogas, sem terapia ou acompanhamento profissional. Grupos proeminentes nesse campo incluem os Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos e Al-Anon (para os familiares de alcoólicos).
Hepatite Alcoólica (CID 10: K70.1):
Doença hepática caracterizada pela necrose e inflamação celular posterior ao consumo crônico e prejudicial de álcool. Trata-se de um precursor da cirrose alcoólica, particularmente naqueles que mantém consumo elevado de álcool.
Nível de alcoolemia:
Concentração de álcool presente no sangue. Geralmente vem representada em massa por unidade de volume, vindo nas seguintes formas: miligramas por 100 mililitros (mg/100 mL), miligramas por litro (mg/L), gramas por 100 mililitros (g/100 mL), gramas por cento e milimoles por litro.
Pancreatite alcoólica (CID 10: K86.0):
Doença caracterizada por inflamação e necrose do pâncreas, geralmente acompanhada de fibrose e mau funcionamento, relativa ao consumo prejudicial de álcool. Pode ser aguda ou crônica. A forma aguda se manifesta com dor no abdômen superior, anorexia e vômitos. Ela pode ser acentuada por hipotensão, falha renal, doença pulmonar e psicose. A forma crônica geralmente se manifesta com dor abdominal recorrente e persistente, anorexia e perda de peso.
Perda de controle:
Inabilidade de modular a quantidade e frequência do uso de alguma substância, em particular do álcool. Inabilidade de cessar o uso de álcool após a iniciação de seus efeitos. Recentemente a expressão “prejuízo no controle” tem sido utilizada no lugar de “perda de controle”.
Síndrome de Deficiência Tiamínica (CID 10: E51):
Também chamada de beribéri. Está associada com o uso excessivo de álcool. Uma de suas manifestações é a Encefalopatia de Wernicke (E51.2).
Síndrome Fetal Alcoólica (SFA) (CID 10: Q86.0):
Padrão de crescimento retardado e desenvolvimento, tanto físico quanto mental, com má-formação tanto do crânio, face, membros e do sistema cardiovascular, encontrado em crianças cujas mães fizeram uso prejudicial de álcool durante a gravidez. As anormalidades mais comuns são: deficiência de crescimento pré e pós-natal, microcefalia, atraso no desenvolvimento ou retardo mental, fissuras palpebrais curtas e nariz curto.
Sobriedade:
Abstinência continuada de álcool e outras drogas; como frequentemente usado nos Alcoólicos Anônimos e em outros grupos de ajuda mútua, o termo se refere também à conquista e à manutenção individuais de controle e equilíbrio sobre a vida em geral; menos frequentemente, o termo se refere à moderação no padrão de bebida.
Temperança:
Originalmente, o termo se refere a um compromisso com a moderação nos hábitos de consumo de álcool. Contudo, após os anos de 1840, o termo passou a significar total compromisso com a abstinência. Após os anos de 1850, o termo passou a expressar um compromisso seja local, nacional ou global, com o controle do álcool, geralmente com a meta de eventual proibição das vendas de bebidas alcoólicas.
Tolerância:
Diminuição na resposta à dose de uma droga que ocorre com o uso continuado dessa substância. Doses crescentes de álcool passam a serem necessárias para atingir os efeitos originalmente produzidos com doses baixas. Aspectos tanto fisiológicos quanto psicológicos podem contribuir para o desenvolvimento da tolerância, que pode ser física (tolerância metabólica ou funcional), comportamental (mudanças no efeito da droga em resposta a aprendizado ou mudanças no ambiente) ou psicológica. A tolerância reversa, também conhecida como sensibilização, se traduz pela ingestão de doses baixas de uma substância para atingir os efeitos obtidos outrora pela ingestão de doses elevadas.
Transtornos relacionados ao uso de álcool:
Segundo a 5ª edição do Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, DSM-5), da Associação Americana de Psiquiatria (APA, na sigla em inglês), os transtornos relacionados ao uso de álcool são definidos como a repetição de problemas decorrentes do uso do álcool que levam a prejuízos e/ou sofrimento clinicamente significativo, cuja gravidade varia de acordo com o número de sintomas apresentados.
Na versão anterior do manual, DSM-IV, havia a distinção entre dois transtornos: abuso e dependência, com critérios específicos para cada um. Na nova versão, unem-se ambos diagnósticos em um único, intitulado “transtornos relacionados ao uso de substâncias”, com classificação de gravidade em três níveis (leve, moderada e grave).
Uso moderado:
Padrão de uso de álcool que contrasta com o uso pesado. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo moderado de álcool é de até 15 doses/semana para os homens e 10 doses/semana para as mulheres, sendo que 1 dose contém de 8 a 13 gramas de etanol. Os homens não devem ultrapassar o consumo de 3 doses diárias de álcool e as mulheres duas doses diárias, sendo que tanto homens quanto as mulheres não devem beber por pelo dois dias na semana.
Uso pesado episódico ("binge"):
Padrão de uso pesado de álcool por tempo determinado, geralmente por mais de 1 dia. Ele se define pelo uso de 5 doses de bebida alcoólica em uma ocasião para homens e 4 doses para mulheres.
Uso pesado:
Padrão de uso de bebidas que excede o uso moderado de álcool. Geralmente é definido em termos do consumo excessivo diário de certo volume de álcool (ex. três doses por dia) ou do uso de certa quantidade por ocasião (ex. cinco doses por ocasião, ao menos de 1 vez por semana).

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